Com depoimentos fortes e impactantes de dez mulheres, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou o documentário “Mulheres & Covid”, no auditório do Museu da Vida Fiocruz.  Essas mulheres são de diversos grupos da sociedade, que fizeram parte de movimentos e instituições que se organizaram em prol do coletivo e foram fundamentais para ajudar a salvar vidas e a mitigar a fome e a miséria durante a emergência sanitária.

“Diferente do que podemos imaginar, a pandemia não foi igual para todos. Houve uma pandemia para homens, uma para mulheres e outras para as crianças. Assim concebemos o recorte do filme. Entender como a pandemia estava sendo vista e lidada pelas mulheres”, explicou o coordenador do projeto e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Cassius Schnell.

Para a vice-diretora de ensino da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), a professora Enirtes Caetano, foi muito importante pensar em um relato próprio de pessoas que, desde a infância, são preparadas para atividade do cuidado.  “Nós tivemos uma experiência em que muitas mulheres não puderam voltar para suas casas e por precisarem trabalhar, elas permaneceram longe dos seus lares para não colocarem em risco as suas próprias famílias, porque precisavam cuidar de outras”, disse.

A gestão cultural do documentário foi realizada pela Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC), que, no evento, foi representada pelo seu diretor institucional, Luis Fernando Donadio. Para ele ter um produto como “Mulheres & Covid” que registra a história recente e amarga que o mundo viveu é fundamental. “A gente não pode esquecer o que aconteceu, das negligências que houve. Também não podemos esquecer das redes de solidariedade, do empenho, da luta aguerrida de milhares brasileiros, em especial das mulheres que possibilitaram com que o dano não fosse maior”, disse Donadio. “Precisamos lembrar que se não fosse o SUS, os movimentos coletivos nas favelas e as redes de apoio solidária nas periferias e nos rincões do país a tragédia seria maior”, complementa.

A SPCOC esteve presente no lançamento de “Mulheres & Covid”

Como anfitriã do evento, a chefe do departamento do Museu da Vida Fiocruz, Ana Carolina Gonzalez, ressaltou a importância de levar o “Mulheres & Covid” cada vez mais longe e fazer discussões cada vez mais potentes.

Estiveram também no lançamento o Coordenador do Escritório Estadual do Rio de Janeiro do Ministério da Cultura, Eduardo Nascimento; a fundadora da ONG Mulheres de Atitude, Patricia Evangelista; e a diretora administrativa do Ballet Manguinhos, Carine Lopes.  Patricia e Carine protagonizam a obra, junto a oito mulheres, no qual relataram tudo o que viveram durante o período mais difícil da pandemia.

“Ver esse documentário é reviver o trabalho que tivemos e a rede de solidariedade que montamos para socorrer as famílias de Manguinhos. É um registo da memória que não vai se apagar. E que essa rede de solidariedade sirva de exemplo para as novas gerações”, afirma Patricia.

Para Carine, reviver sua história também foi muito emocionante. “O momento da Covid foi tão doloroso para nós, mas de muita luta e resistência. A obra é de suma relevância para que a gente não caia no esquecimento de que o vírus é real, tirou a vida de muitas pessoas e impactou milhares de mulheres, como eu, e projetos como o Ballet Manguinhos”, disse.

Em breve, o Mulheres & Covid será disponibilizado no canal da ENSP, no YouTube, e no acervo digital do Vídeo Saúde, distribuidora de produções audiovisuais da Fiocruz.  O documentário é uma realização do Departamento de Endemias Samuel Pessoa, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), Fiocruz, Ministério da Cultura e Governo Federal, com o patrocínio da Johnson&Johnson, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Considerado um dos maiores nomes da MPB, vencedor de 6 Grammys Latinos e de diversos prêmios no Brasil e no exterior, Lenine é a atração da 5ª edição do “Show à Vida” no próximo dia 28 de novembro, terça-feira, às 20h, no Teatro Hall Eco Villa Ri Happy, Jardim Botânico, RJ.

Foto do Lenine

No palco, Lenine assume o microfone e o violão. O público pode esperar por um apanhado musical da história do artista pernambucano. Estão confirmadas no setlist composições como “Castanho” (Lenine e Carlos Posada), “Martelo Bigorna” (Lenine), “Leve e Suave” (Lenine), “O dia em que faremos contato” (Lenine e Braulio Tavares), “Tubi Tupy” (Lenine e Carlos Rennó), “Jack Soul Brasileiro” (Lenine), “Paciência” (Lenine e Dudu Falcão), entre outras.

O “Show à Vida” é um produto do projeto Contando Histórias e Renovando Esperanças, viabilizado pela Lei Municipal de Cultura – Lei do ISS, com gestão cultural da Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz. Tem patrocínio da Bayer, Tamussino, Sanofi, Amil, IBMR, Grupo Seres, TIVIT, Artplan, MRS Logística, Waiver, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura.  É uma realização do Amigos do Figueira, Núcleo de Apoio a Projetos Educacional e Culturais (NAPEC), Novos Caminhos e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

Para nós é uma grande alegria termos um artista e ativista com a representatividade do Lenine trabalhando voluntariamente pelas causas e projetos do Instituto Fernandes Figueira. Certamente vai ser um lindo show”, prevê Luis Fernando Donadio, coordenador geral do Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz.

Todos que comparecerem ao show contribuirão para o Amigos do Figueira (www.amigosdofigueira.org.br), rede de solidariedade e amor que apoia iniciativas em prol de crianças e adolescentes com doenças crônicas e complexas e às suas famílias atendidas no IFF.

 

Serviço: Show À Vida – Lenine
Data: Dia 28/11, terça-feira
Local: Teatro Hall Eco Villa Ri Happy – Sala Tom Jobim
Horário: 20h
Ingressos a partir de R$ 45,00 (www.eventim.com.br)
Classificação: Livre
Endereço: Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico

A Sociedade de Promoção da Casa de Oswaldo Cruz (SPCOC) realizou na última quarta-feira (31/05), o primeiro Café com os Coordenadores de 2023. O encontro serviu para apresentar as atualizações da Lei Federal de Incentivo à Cultura e a nova estrutura da instituição.

 Crédito: Aryanne Valenzuela

Michelle Vidal e Elaine Christina Ferreira Alves da Silva, coordenadoras de gestão de projetos e administrativo-financeiro respectivamente, introduziram suas equipes. Foi mencionado que há um processo seletivo para estagiário em gestão de projetos, em que a candidatura acaba na quarta-feira, 07 de junho.

O grande destaque do encontro foi a palestra sobre a nova instrução normativa da Lei Federal de Incentivo à Cultura, realizada pela assessora jurídica da SPCOC, Carolina Bassin. A nova IN tem como principais premissas a democratização do acesso e descentralização de investimentos privilegiando regiões fora do eixo Rio de Janeiro e São Paulo, além de focar na acessibilidade física e de conteúdo e no respeito à diversidade e combate ao preconceito.

“Para a SPCOC, como entidade de reconhecida atuação cultural no âmbito de projetos incentivados, responsável pela gestão de inúmeras iniciativas gratuitas e de inegável valor democrático, a implementação de uma normativa que traz esse foco representa um importante incentivo para o desenvolvimento e aprimoramento de suas atividades”, comenta Carolina.

A advogada destacou que o primeiro passo para garantir a execução regular de um projeto é apresentá-los com objetivos claros com a descrição factível de medidas de democratização e acessibilidade. “Recomendo a leitura atenta da legislação e manuais e investir na comunicação entre as equipes envolvidas, pois realizar um projeto é uma empreitada coletiva e a atuação de um único profissional pode gerar impacto no todo”, finaliza.

Confira o material apresentado no encontro, clicando aqui.